Por: Carol
Dia desses vi um vídeo na rede onde um pai levava as crias para a escola ao som do Queen. Todos estavam curtindo aquele momento, cantando e dançando em uma sintonia que dava gosto de ver.
E enquanto assistia, comecei a pensar sobre a leveza com que aquele pai fazia aquela tarefa diária. Bem, eu realmente não sei se levar os filhos na escola todos os dias era obrigação dele, mas na história que criei em minha mente (porque mãe é ser criativo) era ele sim o responsável. E ao invés de simplesmente levar as crianças na escola, ele se divertia com elas.
Ele conseguiu transformar a rotina.
Daí eu comecei a pensar nas minhas atividades, no meu dia-a-dia e em como eu lidava com isso. No meu caso, com dois filhos pequenos, eu gosto da rotina e dependo dela para conseguir organizar minha casa, meus horários e também manter-me depilada, “mechada”, de banho tomado e dentes escovados (marido agradece!).
Mas a bem da verdade é que eu lido com a rotina de forma muito diferente do meu marido.
Às vezes me pego (pose militar) executando determinada tarefa com a maior eficiência possível. Ou então (cara de paisagem) botando os dois na banheira e esperando que o sabonete deslize e faça a limpeza sozinho… E então acordo do transe e percebo que eles ainda estão sujinhos, acredita?
É claro que a rotina da criação dos filhos é mais maçante para nós, mães. Afinal, a responsabilidade da grande maioria das tarefas acaba sendo nossas mesmo. Mas o fato é que o modo como encaramos e fazemos as coisas é escolha nossa também. E no meu caso, eu fazia simplesmente. Claro que fazia com amor, com dedicação. Mas me faltava leveza. Faltava me divertir mais, me descontrair mais, relevar mais… e pensar menos (porque mãe é ser que pensa demais).
No final das contas, percebi também que faltava confiança em mim. Faltava acreditar que eu poderia ser sim, uma boa mãe, sem ter que padecer no paraíso.
E hoje? Ah, hoje eu já sou capaz de tirar a roupa e correr pelada com minha filha pelo quarto, ao invés de brigar com ela porque não quer colocar a roupa. Acredite, foi muito divertido!
¡!¡
Carol, trinta e poucos, casada com João, mãe (apaixonada) de Isabela e Davi. Também sou filha, amiga, dona de casa, designer de interiores (da minha casa, é claro!), psicóloga, administradora, equilibrista… Autora do blog: Mulher, Mãe, Filha e Cia .
Ana Claudia Campos
maio 9, 2012 -
Adorei!
Acredite, eu tb prefiro viver uma rotina com minha pequena, tipo, pegar na escola, dar banho, jantar, brincar e dormir…parece que assim dou conta das coisas com mais facilidade e não fico tão destruída pelo cansaço…mas também posso dizer que algumas vezes saímos totalmente da rotina e parece mesmo que esses dias são mais divertidos…vou refletir…
bj
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Que bom que gostou Ana!
Pois é, também acho a rotina importante. Mas eu percebi que estava virando escrava dela, e não usando a rotina a meu favor. Agora essa danada está nas minhas mãos…
Bjs
Daniela
maio 9, 2012 -
hehehehe excelente!
Especialmente, nesta semana do dia das mães, em que me pego refletindo muito sobre o maternar.
Um grande beijo a todas as mamães!
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Pois é… essa é uma semana de muuuuiitas reflexões, não é mesmo?
Brigadão!
Bjs!
carol garcia
maio 9, 2012 -
veio a calhar…
essa madrugada mesmo pensei muito sobre como tenho “levado” a maternidade.
e fiquei bem frustrada ao perceber que a maioria das funções da rotina tenho feito roboticamente.
feio, triste e chato.
pra mim e pra familia.
resolvi mudar. e vou.
bjocas
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Pois é xará!!!
Quando a gente percebe, estamos fazendo algumas coisas, mas não estamos sentindo elas. Bom é quando percebemos algo errado e mudamos o curso, né não?
Bjs!
Bia
maio 9, 2012 -
Viver a leveza é algo que exige mudanças estruturais, não?
Aprendemos que a seriedade é importante, e assim devemos realizar as tarefas.
Depooooooois vem a diversão. Não é assim com a ‘maledeta’ lição de casa???
Aprender, agir e viver de forma divertida, torna a vida mais leve e feliz!
Verdadeiramente sem querer ‘me gabar’, mas tenho conseguido enxergar o lado divertido de tantas coisas ultimamente, que chego a ficar orgulhosa de min… kkkk
O filho bater as mãozinhas na água do banho e me molhar, fazer aquele cocozão fedido inesquecível, dançar pedindo “anana”…
Isso (e muito mais) me lembram que ele tem mãozinhas, coordenação motora, que temos água quente; que seu intestino funciona (muito… rs) e bem, que tenho condições de trocá-lo, que o troco cantando e aproveitando o momento com ele; que está aprendendo a falar, que sabe o que quer, que sente fome e temos bananas sem veneno (agro-tóxicos) para lhe dar, que ele sabe onde fica, manuseia; que estamos vivendo a vida da forma desejada – seja ela qual for…
São pensamentos tão rápidos, mas tão internos quanto convictos! Imediatamente sinto-me grata (não agradecida a alguém, imputando-me a culpa por ter tais ‘privilégios’, como já pensei outrora), e me sobressai um sorriso no rosto =•]. Os neurônios espelho ao redor costumam me sorrir em resposta, e a gente alimenta o ciclo com bom humor.
Li uma vez que as células memorizam a maneira como você fica a maior parte do tempo, ou seja, elas tem memória. Por isso, às vezes, a pessoa que emagrece logo volta ao peso de anos seguidos, e assim também acontece com o humor. Desejo que as células de meu pequeno sejam felizes e saudáveis – tá aí o objetivo do meu serviço… rsrs
(desculpem o comentário GG, foi sem querer querendo, tá?).
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Pode ficar orgulhosa mesmo Bia!!!
Fazer diferente realmente exige esforço, não é mesmo? Mas é insistindo que a gente consegue resultado, porque realmente envolve muitas mudanças internas…
E esse negócio das células, menina? Não sabia disso não!!!
Bjs!
Lilian
maio 9, 2012 -
É isso que eu quero: ser uma mãe mais ‘leve’. Mas é difícil. No dia a dia, me pego sendo mega chata às vezes. Cheia de regras, sabe? Cheia de ordens. Vai fazer xixi, vai escovar os dentes, hora de comer, tem que colocar o uniforme, blablablá… Quem “comanda” a rotina acaba tendo que ser chata. Será? Como a minha própria filha me disse um dia “mãe, vc é cheia de regras, o papai é que é legal…”. É mole??? Não quero ser assim não! Socorro!
Ah, e ó: sobre o post de ontem, hoje eu usei o lápis preto esfumadinho e to me sentindo poderosa!!! bjo e bom dia a todas!
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Eu acho que “ser chata” também faz parte, sabe? Porque hoje nossos filhos podem não entender a importância de algumas coisas. Mas acredito que no futuro eles vão ligar os pontinhos e entender todo o processo. Fou assim com a gente né? Só entemos o significado de ser mãe depois que nos tornamos mães…
Mas entendi também que tão importante quanto as regras e rotina é a forma com que fazemos as coisas. E olhando para os homens fica fácil perceber isso.
Brigadão Lilian!!!
Bjs!
Rô
maio 9, 2012 -
E que lancemos um novo olhar a cada rotina, porque acho que dá sim para manter a rotina sem cair no marasmo. Será mesmo? rs
Ótimo texto, maravilhoso olhar!
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Rô, acho que dá viu, mas dá um trabalho… Mas também, ninguém falou que seria fácil, né não???
Bjs!
Carolina Damasceno
maio 9, 2012 -
Sabe xará de uma coisa… Eu sempre fui assim.. levantava as 5h55, tomava café as 6h10, escovava os dentes as 6h18, penteava os cabelos as 6h19 e saía de casa as 6h25 para chegar ao trabalho as 6h55 e bater o cartão, para as 7h00 estar em minha mesa… Toda metódica…
E a maternidade me mostrou que isso é IMPOSSÍVEL…E por isso que hoje eu faço tudo com essa leveza que vc descreve… Dou banho na minha filha e fazemos a maior bagunça com a água… Comemos na hora que temos fome e dormimos quando temos sono, respeitando os nossos limites, mas sem ser mecânicos…
Vivemos a vida a cada dia… Isso tem sido tão bom para mim…
Adorei seu texto.. Parabéns!!!
Beijocas
Carol
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
E viva a levezada vida!!!
Bjs Carol!
Mamãe do Otávio
maio 9, 2012 -
hhhmmm delícia de texto. bom para refletir.
adorei!
beijos
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Obrigada mamãe do Otávio!!!
Bjs!
Gisa Hangai
maio 9, 2012 -
Carol gostei do tema. Acho que a rotina nos “engessa”. Somos levadas a “fechar a cara” sem querer. Já me vi diversas vezes fazendo pose de chefe, de general, de “dona do pedaço”. Mas também já tive, e tenho, esses momentos de leveza e isso não tem preço. Temos mais é que correr peladas, dançar, cantar, gargalhar. Beijos
Gisa
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Oi Gisa,
Pois é, tenho corrido pelada com mais frequência…hahaha
Mas só no verão, porque Curitiba vc conhece bem.
Bjs!
Luciana Bordallo Misura
maio 9, 2012 -
Meu marido tem mais essa leveza do que eu, mas quanto mais estressados nós estamos, menos conseguimos fazer isso. Temos mesmo que ficar ligados, porque essa rotina militar ninguém aqui em casa quer, e acabamos caindo nela mais do que gostaríamos.
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Pois é…
Os maridons são mesmo mais leves (o que as vezes me deixa louca!!!)
Mas tenho tentado aprender, ao invés de me estressar mais.
Bjs Luciana!
Tais Santos
maio 9, 2012 -
é…realmente me enxergo neste texto!!!meu marido é muito tranquilo para lidar com o nosso bebe de 10 meses…se sai muito melhor do que eu que sou cheia de horarios e regras!!!! Parabens pelo blog!!!!!!!!
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Eu tenho algumas teorias sobre essa tranquilidade dos homens. Uma delas é que eles sabem que as crianças estão bem por causa das mães que eles tem. E nós mães sempre achamos que está faltando alguma coisa, que poderíamos ter feito diferente…É a tal da dúvida (além da culpa) sempre soprando em nossos ouvidos.
Precisamos confiar mais em nós!!!
Bjs Taís!
Sonica
maio 9, 2012 -
Muito leve também seu post, delícia de leitura!
Bjs,
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Ah, Sonica… brigadão 🙂
Mari BZ
maio 9, 2012 -
Carol, eu só me dei conta disso depois de umas taças de vinho, sabia? Fiquei dançando feito doida na sala com a Alice e depois pensei: “gente, eu sou uma mãe melhor quando estou de pileque, algo deve estar errado…” hahaha! Agora tento der uma mãe “alegrinha” sempre, independente da taxa de álcool no sangue . Não é sempre que funciona, mas quando rola é tão melhor…
Beijo, adorei a sacudida!
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Hahaha… boa! Vou parar de correr pelada e aderir às danças regadas a um bom vinhozinho. Além de ser bom para o coração, não corro o risco de ficar gripada!
Brigadão Mari. Fiquei muito feliz em poder compartilhar isso om vocês.
Bjs!
cynthia
maio 9, 2012 -
Eu tenho uma rotina e acredite, só pra sair dela, amo fazer coisas diferentes, tenho 3 pequenos que exigem bastante de mim e eu tento ser criativa , para cria-los de forma tranquila e com poucas culpas, adorei o post e acho que sempre é bom a gente rever os nossos conceitos!!!
Bjks
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
A equação é simples: mãe tranquila – culpa = filhos felizes / / /
O negócio é lembrar disso sempre!
Bjs Cynthia!
Nívea Salgado
maio 9, 2012 -
Olá, parabéns pelo texto (e pela atitude!), adorei!
Sabe que parei para pensar nisso antes de ontem? Eu estava aqui em casa, como em quase todas as tardes, com a minha filha de 1 ano. Brincando com os mesmos brinquedos (aliás, de saco cheio de brincar com os mesmos brinquedos). Preparando o jantar. Quando me deu a louca e resolvi abrir a gaveta de CDs, fechada há tempos. E tirei de lá um CD de Sandy e Jr, com aquelas músicas que eu não cantava há umas duas décadas (e que confesso, eu amava). Liguei bem alto e passamos meia hora simplesmente dançando, eu com aquela sensação de ainda ter 12 anos. Foi TÃO bom! E só aí me dei conta de que deveria fazer isso muito mais vezes! É tão melhor ser uma mãe que se diverte, não é mesmo?
Bj
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Que delícia Nívea!!! Obrigada por dividir isso com a gente…
E viva a louca que existe dentro de cada mãe 😉
Bjs!
Talita
maio 9, 2012 -
Carol, amei! Parabéns.
Penso igualzinho, apesar de não fazer igualzinho hehe. Ainda não temos filhos, mas, pensamos neles desde sempre… Planejamos engravidar ano que vem, mas, falamos no assunto o tempo todo, queremos aprender e fazer o melhor que estiver ao nosso alcance, quando for a hora dos pequenos conhecerem esse mundo.
Eu tendo a ser uma mãe bastante ‘mente aberta’, principalmente pela criação que eu e meu marido tivemos (nada nada de mente aberta! beeeem fechada, por sinal!). Adoro ler relatos de umas mães-bicho-grilo que são tranquilas, desapegadas e bacanas… Sonho ser assim quando crescer! Mas, vem o medo de ser negligente demais, visto que sou frustradérrima com a tal da minha criação, ou, correr o risco de cuspir pra cima e levar bem no meio da testa, fazendo tudo igualzinho meus exemplos de mãe-que-não-quero-ser. Mas sei que vou encontrar meu ponto de equilíbrio e conseguir ser uma mãe ‘suficientemente boa!’, na hora certa!
De qualquer forma, quero essa leveza! Como quero! Meu marido? Ah, é homem, né? Ou seja… leve por natureza! haha. E eu adoro isso. Tenho aprendido muuuuuuito com ele, desde nossa ‘simples’ amizade que já carrega uns 13 anos nas costas, até hoje, qse 4 anos casadinhos. Como eu admiro essa leveza e quero aprender ainda mais com ele, tudo que eu puder. Como ele me fala sempre: “Desencaaaana, Namorada! Desencana!”
Lindo texto. Corri no seu blog e tô adorando! Lendo tudo! haha. ADOREI o post sobre o Curso de Criação de Filhos (quero fazer, sem filho mesmo! rsrs Anotei o tel pra ligar amanhã cedo!) e o post sobre sua leitura do livro do Gary Chapman (Como reinventar o casamento quando os filhos nascem) e amei! Estou mesmo escrevendo um texto sobre isso e pensei “Ai! Quero esse livro agooora!”. Gosto demais desse autor.
Um beijo!
Carol Siloto
maio 9, 2012 -
Talita, sua linda!
Não se peocupe, que para ser uma boa mãe você já tem o ingrediente principal: o amor!!!
É o amor que nos move pra frente (mesmo quando erramos – pq nós erramos!)
Também a- do- ro o Gary Chapman, já li alguns de seus livros. Mas esse em especial me ajudou bastante.
Bjs e muito obrigada!
Camila
jun 20, 2012 -
Carol, adorei seu post…
Que engraçado, mas como as coisas só mudam de endereço né!
Venho pensando nisso e tentando mudar minhas atitudes ultimamente…
Mãe é um ser que se cobra demais, como ouvi um dia: “nós erramos tentando acertar sempre”.
E são desses erros que se soubermos, tiramos as melhores lições da vida.
Tenho duas princesas, e confesso que não é fácil, mas estou me policiando muito em levar a vida com mais leveza, sem deixar de educar e cuidar, mas aproveitar os momentos de verdade mesmo!
E o que lembro da minha infância são esses momentos singelos com a minha mãe, pipoca com desenho, piquenique, ela nos deixar “lamber” a bacia do bolo, etc….rsrs…
A vida é muito bela e passa muito rápido!!!
Um beijo!!!
Tati
out 23, 2014 -
Penso muito sobre isso! Leveza é essencial para ter alegria no convívio, para que sejamos parceiros, amigos, mais do que mãe e filho. É preciso saber rir quando a comida cai no chão e brincar junto quando a criança foge do banho às gargalhadas. Nem sempre é fácil. Mas com leveza e alegria é sempre melhor.